terça-feira, 25 de março de 2008

A infecção pelo HSV


A infecção inicial pelo HSV genital
Os sintomas da infecção inicial em geral são os mais graves porque o organismo pode não ter sido exposto ao vírus antes e não ter produzido anticorpos para desencadear a resposta imunológica.
O episódio inicial de herpes genital pode durar mais de 20 dias e não é incomum que as pessoas apresentum uma série de sintomas generalizados, como febre, dores e aumento da sensibilidade, aumento dos gânglios, além dos sintomas genitais específicos. Em outras pessoas, a infecção inicial pode ser leve, com pouquíssimos sintomas.
Na maioria das pessoas, as primeiras indicações da presença de infecção são observadas entre dois a 12 dias depois da exposição ao virus. O desenvolvimento dos sintomas pode levar mais tempo ou ser menos grave em algumas pessoas, especialmente naquelas que já desenvolveram imunidade parcial ao virus por já terem apresentado herpes facial, como p.ex., vesículas dolorosas.
Os sintomas podem começar com formigamento, coceira, queimação ou dor, seguidos de surgimento de manchas vermelhas dolorosas que, em um dia ou dois, evoluem para uma fase de bolhas repletas de liquido claro, que rapidamente assumem coloração amarelo-esbranquiçada. As bolhas se rompem, deixando úlceras dolorosas que secam, formam cicatrizes, e evoluem para a cura em aproximadamente 10 dias. Algumas vezes, o desenvolvimento de novas bolhas no estágio precoce de úlcera pode prolongar o episódio. Por outro lado, o estágio de bolha pode passar totalmente despercebido e as úlceras podem surgir como pequenos cortes ou fissuras na pele.
As mulheres em particular apresentam com maior freqüêcia dor ao urinar e, quando isto acontece, é importante evitar problemas de retenção urinária bebendo muito líquido para diluir a urina e assim reduzir a dor e a ardência. Algumas mulheres também podem apresentar corrimento vaginal.
Reativações
Algumas pessoas não apresentam reativações sintomáticas mas, naquelas que o fazem, as reativações são em geral mais curtas e menos graves do que o episódio inicial. Com o tempo, as reativações podem diminuir, tanto em gravidade quanto em freqüência, embora não haja evidências definitivas de que isto aconteça. As reativações em geral são precedidas de sintomas de alerta (também conhecidos como sintomas prodrômicos) como formiqamento, coceira, queimação ou dor. Assim como ocorre com o episódio inicial, existe uma grande variação nas experiências de reativação das pessoas. Approximadamente 80% das pessoas que apresentaram o primeiro episódio causado pelo HSV-2 terão pelo menos uma reativação, enquanto que somente 50% das pessoas com HSV-1 apresentarão reativações. A situação mais comum são as reativações ocasionais (cerca de quatro crises por ano). No entanto, uma minoria sofrerá reativações freqüentes.
O herpes genital pode ser enganoso
A gravidade dos sintomas do herpes genital pode variar muito de uma pessoa para outra. O episódio inicial pode ser tão leve a ponto de passar despercebido e a primeira reactivação pode surgir muitos anos depois da primeira infecção.
Até 60% das pessoas com infecção pelo HSV genital não mostram gualquer sinal da doença e não sabem que est estão infectadas. No entanto, essas pessoas são capazes de transmitir o vírus para outras pessoas. Nesses casos, a ocorrência de herpes genital pode causar confusão e perplexidade nas pessoas incapazes de compreender o surgimento súbito da infecção e a suposta transmissão feita por outra pessoa.
O que desencadeia o herpes genital?
O episódio inicial em geral ocorre dois a 12 dias após o contato sexual com pessoa portadora de infecção ativa.
A reativação ocorre quando o vírus sofre replicação no gânglio neural e as partículas do vírus migram pelo nervo para o local da
infecção primária na pele ou nas membranas mucosas (p.ex., revestimento interno e úmido da boca, vagina, etc). Embora não se saiba exatamente por que o vírus sofre reativação em vários momentos, podem-se dividir os fatores causais em físicos e psicológicos.

Físicos: Os fatores físicos diferem de pessoa para pessoa. Esgotamento, outras infecções genitais (que acometem a área de pele local), menstruação, ingestão excessiva de álcool, exposição da área á luz solar forte, condições que tornam a pessoa imunocomprometida (quando o sistema imune do organismo não está funcionando normalmente) e períodos prolongados de estresse são fatores que podem desencadear os episódios. A fricção ou lesão da pele causada, por exemplo, pelas relações sexuais, também pode levar ao surgimento de reactivações. Em resumo, qualquer coisa que comprometa seu sistema imunológico ou cause lesão local pode desencadear as reactivações.
Psicológicos: Os estudos recentes sugerem que períodos de estresse prolongado podem causar reactivações mais freqüentes. Também é comum se observar estresse e ansiedade em conseqüência das reactivações.

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